Hoje, domingo, decidi ir de bike até o Museu da Casa Brasileira.
Logo de cara fiquei bem feliz com a quantidade de ciclistas nas ruas. Tudo bem, é domingo, mas tive a sensação de que cada vez mais tem mais gente tentando driblar o medo de pedalar numa cidade como São Paulo.
No entanto, na Av. Cidade Jardim com a Faria Lima tive minha primeira decepção. Decidi andar bem próxima a calçada por não me sentir segura em pedalar em uma avenida tão movimentada e eis que um motorista grita em minha direção: VAI CAIR! VAI CAIR! e passa gargalhando. Me pergunto: quão estúpido pode ser o ser humano?
Ok. Entrei no MCB, descansei, li meu livro e resolvi voltar pra casa. Outra decepção:
Descendo a Av. Sumaré há vários cruzamentos e entradas à direita para retornos. Em todo trajeto me mantive bem visível na faixa da direita sinalizando que seguiria em frente. Eis que outro motorista passa por mim e grita: VÁ ANDAR NA CICLOVIA! Pergunto a ele: QUAL CICLOVIA? ME MOSTRE. Ele e seu amigo apontam para o canteiro que divide a avenida. Me questiono novamente: quão estúpido pode ser o ser humano?
Ando quase todos os dias pela Av. Sumaré e juro, nunca vi um ciclista pedalando naquilo que chamam de “ciclovia” simplesmente porque é impossível pedalar nesse trajeto que leva nada a lugar nenhum, é repleto de buracos, é improvisado e que não possui manutenção há anos.
Vale lembrar que a BICICLETA é sim um MEIO DE TRANSPORTE, portanto, pode e deve ser utilizado nas ruas (não em calçadas). Além disso todo motorista deve, por lei, respeitar uma distância lateral de um metro e meio ao ultrapassar uma bicicleta.
Não sou cicloativista, não faço parte de nenhum movimento, mas acredito que o respeito é o primeiro passo para o compartilhamento saudável do espaço urbano.
Onde vamos parar?
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Para entender um pouco mais a situação da ciclo(qualquercoisa) da Av. Sumaré leia algumas das matérias abaixo: http://aexecutiva.blogspot.com/2010/07/cicloqualquercoisavia-da-sumare.html http://smiletic.com/2011/01/28/ciclovia-avenida-sumare/ http://vadebike.org/2008/11/ciclo-ias-nao-sao-a-solucao-milagrosa/
Graças ao seu post, descobri que aquilo ali trata-se de uma ciclovia. Agora diga-me, como eu poderia andar de bicicleta ali, se o que mais vejo são pedestres?
Valeu
pois é. Não dá pra acreditar né? Um trajeto que leva nada a lugar nenhum e ainda cheio de buracos. Mas acho que agora estão reformando…